terça-feira, 29 de agosto de 2017

Enquanto os olhos não fecham

Enquanto os olhos não fecham

Perdidos, vagueiam pela noite escura
Sobre telhados, a esmo, valsejando.
Queiram deuses, a qualquer momento (quando?),
Conduzi-los à formosa criatura.

Poesia em vagantes pensamentos,
Rodopios em singela melodia.
Pálpebras que pesam ao raiar do dia,
Olhos que não fecham, posto que atentos.

Evocações inquietas: saltitantes rãs,
Habitantes deste pântano de insônia,
Vêm de tão distante e ao meu leito trazem,

Derramadas, em profusão, memórias vãs.
Sorrio! Sem pompa, sem cerimônia,
Chega à minha mente insone sua imagem.

Rio, 29 de agosto de 2017.

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