Chuva de verão
Caem do céu, sem lamento, choro ou mágoas.
Pesadas, resvalam em apressadas faces
Escorrem pelo chão: genocídio de águas...
Morrem solitárias. Não há quem as abrace?
Líquida joia, diamante diminuto
Donde vem a plúmbea ausência de suas cores?
Tudo é cinza: seus sorrisos, suas dores!
Tudo é brilho: seus reflexos, seu luto!
Chove... chove... O céu desaba em fragmentos!
Galhos que se curvam, folhas que valsejam
Quando passa em seu cortejo o nobre vento.
Que rufem os trovões à Sua Majestade,
Rodopia o mundo (Vejam! Vejam!)
Quando desce com noite a tempestade.
Rio, 19/02/2016.
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