(originalmente publicado como postagem no meu perfil do Facebook em 11 de novembro de 2015)
Faz-me falta o
não-pensar. O pequeno interruptor de desligar o raciocínio lógico, coerente,
irritantemente analítico.
Não preciso de mais
emoção. Percebi, finalmente, que tenho de sobra razão e emoção e que as duas
coisas não se excluem mutuamente como sempre achei que fosse (achismo este que
sempre me conduziu a um muro instransponível todas as vezes em que tentei explicar
este tipo de dualidade que trago desde tempos atrás).
Não, não é emoção
que me falta. É fé. Esta descrença que me acompanha, sentada sobre os meus
ombros, começa a pesar. Esta sim, perde lugar para o pensamento e a
racionalidade. E eu queria não pensar mais. Quero poder apenas fechar os olhos
e pular de cabeça, sem pensar na intensidade da colisão, mas não
necessariamente deixando de sentir o vento no rosto. Apenas acreditando que o
fim da linha seria tenro. Sem precisar sopesar fatores e números. Sem precisar
ver. Apenas crer. Que sim. Porque sim. Ter fé para aceitar o não-compreensível,
para compreender o não-explicável. Para não ter que pensar. Apenas deixar
fluir. E sorrir por levar uma certeza calcada sobre nada.
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