quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Um Mestre Pelo Avesso

(originalmente publicado em)
Itabuna, terça-feira, 14 de dezembro de 2004

A um mestre pelo avesso

Vozes do aquém, irritantes e dementes!
Alma amarga, num corpo decomposto,
Senilidade inútil, nada nos acrescente,
Tu não mereces um verso aqui exposto!
És um velho - e a velhice é cruel
Esta turma, de ti, só sente pena
Nada te ensinaram teus anos?
Não vês, tu, o claro céu?
Jamais tiveste alegrias?
A bota que o chutou, que o condena,
Sente vergonha de ti: "Cadê a alma de Dante?"
Escarnecem-te estes olhos que te olham...
És um sopro ao avesso!
Em que momento a falta de inspiração
A natureza assolou para que esta
Vomitasse neste mundo um ser como tu
Que tanto insiste em durar?
Felizmente, para ti, a eternidade
Vira as costas - teu fim está perto.
Afinal não és sequer o carvão!
Quem o dirá o diamante...
E só estes são eternos.

22.11.2004
Gustavo Carneiro de Oliveira

Um comentário:

  1. auhsuahsua ótimo!!!
    se enquadra direitinho com o perfil do meu profs kkkkk

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