quinta-feira, 22 de abril de 2010

Tédio II

(originalmente publicado em)
Itabuna, domingo, 1 de maio de 2005

O tédio não passa... Minutos correm, vão longe de onde eu posso alcançar, e saem assim, sem pedir licença, sem dar satisfação... Simplesmente somem!
Eu os invejo! Gostaria de poder sumir também, simplesmente evaporar. Não deixar rastro... Nem pegadas. Nada. Se possível, nem a lembrança de um dia ter existido. Não me sinto hoje muito diferente do que me senti ontem. E da mesma forma, continuei sem dormir direito nesta madrugada. Sonhos aterrorizantes infernizaram minha noite. Meu pai chamando-me para conversar sobre um segredo assustador. Uma quadrilha de traficantes querendo a minha cabeça. Um afogamento numa praia paradisíaca.
O que há de errado? O que está se perdendo?
Não sei o que escrever, passei apenas para deixar um registro. Um registro de uma existência. Já que a fuga não passa de utopia, para que fazer tudo pelo esquecimento? Em tempo, agradeço a todos que deixam aqui os seus comentários. Mas peço que não me julguem! Digo isso porque há gente que se acha dono da alma alheia, e se sente no direito de dizer quem é feliz e porque, quem é infeliz e porque... É muito fácil fazer prognoses da vida que não é sua, e esquecer a própria! E ainda se julgam anjos... No mais, até a próxima. Carpe diem.

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