(originalmente publicado em)
Valença, terça-feira, 9 de janeiro de 2007
Soneto de Tédio e Calor
Viesse furiosa torrente
Fazer cair minha janela
Diriam meus olhos a ela:
"Carrega meus frutos correntes!"
Mas nunca chega a tempestade!
Em seu lugar a brisa morna,
Cujo sopro à vida não torna
Na inércia desta cidade.
E do céu não derribam as águas
Mas da pele escorre o suor
E dos olhos descem as mágoas.
E o zunido das varejeiras,
Neste tempo de tédio e calor,
Agrava-me a pasmaceira!
Gustavo Carneiro de Oliveira
Valença, 08 de janeiro de 2007.
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