sexta-feira, 23 de abril de 2010

Soneto de Despedida

Soneto da Despedida

Se te esmaga o crânio a Pedra Negra
e nesta terra o que te prende é amargura.
Lembra aqueles que te querem com doçura.
Mas vai! Parte! Tua volta chega.

Sem temor, segue em frente. Vai aos teus!
Do tabaco, carrega a névoa contigo...
Aqui, esperar-te-ão os teus amigos –
família cuja escolha outorgou Deus.

E quando das tristezas passarem as águas,
a Pedra Negra, do teu chão, será a base!
Fronte erguida, pisarás o teu algoz.

Abraçando-te e sorrindo, todos nós
que ora, de adeus, deixamos frases,
contigo, não recordaremos mágoas.

Ao amigo Marcel, que parte com tristeza, mas a quem a vida assegurará a alegria do retorno.

Gustavo Carneiro de Oliveira
26.09.2006

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