sexta-feira, 23 de abril de 2010

O Impossível

(originalmnte publicado em)
Valença, sexta-feira, 28 de julho de 2006

O Impossível

I
Jurei a mim mesmo
que eu não choraria.
Todavia, esqueci de avisar
à lágrima que seu caminho
estava interditado.

Jurei a mim mesmo
que não teria saudades.
Mas que tolice é dizer ao coração
para negar sua natureza!

Jurei a mim mesmo
que estaria tudo bem.
Apenas esqueci que juras se quebram
mais facilmente
que bolhas de sabão estouram...

II
Acreditei estar fazendo o melhor
Mas, esquecera que o melhor
não é sinônimo do mais fácil.

Acreditei estar fazendo o necessário
E esquecera que tudo perde a beleza
com a compulsoriedade.

Acreditei estar fazendo justiça
E esquecera que o justo só encontra sua razão de ser
dentro do desequilíbrio.

III
Acreditei! E jurei
que seguiria sempre avante...
Mas havia me esquecido
que não se deve dar crédito
a idéias sem sutentabilidade.
Esqueci ainda quão perigosa é a jura,
quando recai sobre um objeto
que sabe-se impossível.

27.07.2006
Gustavo Carneiro de Oliveira

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